"Nesse mundo de e-mail, twitter e de falta de contacto, o que precisamos é nos reaproximar. A intimidade é o novo punk. Se antes os punks usavam alfinetes e a agressividade para chocar, hoje é o contrário. Você surpreende quando apresenta algo emotivo e sensível”. (Diretor do Filme: Alejandro Gonzalez Iñarritu)
Ele é Uxbal, um vidente que não conheceu o pai, tem uma esposa descontrolada e cuida sozinho dos filhos. Ele ganha dinheiro de formas questionáveis, explorando imigrantes ilegais e agenciando chineses para a construção civil. O vidente resolve mudar de vida somente após descobrir que sofre de um câncer terminal.
Este é o mote para o novo filme de Javier Bardem. Um filme altamente recomendável não só pela sinopse como pelo actor. É nossa opinião que filme onde entre Javier Bardem, é já meio caminho andado para ser um filme BOM! E não somos só nós que dizemos, Javier Bardem já foi premiado em Cannes e está nomeado para um Oscar!
Mas o exercício que propomos é transportar este filme para a vida real e quanto a nós é isso que torna o cinema mágico!
Propomos uma reflexão breve:
E nós, precisaremos também de uma bomba na nossa vida para começarmos a dar o valor merecido às pessoas que nos rodeiam? A deixar de adiar aquele telefonema àquela pessoa que em determinada altura esteve no epicentro da nossa vida? Ou a tomar aquela decisão chata que sabemos que os nossos pais/familiares não vão achar graça nenhuma mas que se não a tomarmos a vida insiste em fazer cara feia? Ou a dar o primeiro passo numa relação que vive num impasse? Ou a acordar cedo ao fim-de-semana e ir passear e ler e dar umas corridas? Porquê continuarmos a adiar aquele encontro, aquela noitada com amigas?
Precisaremos nós de uma hecatombe na nossa vida rotineira para seguir as palavras sábias do nosso querido António Feio “ nada por fazer…nada por dizer”?
A nossa vida é agora! E é agora que a devemos viver, sem ressentimentos, sem rancores, sem atitudes tontas e despropositadas!
Acordar com um sorriso e viver! Hoje e agora!
E porque o Javier Bardem nos vai sorrir, esta crónica acaba assim:
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