quarta-feira, 23 de março de 2011

Filhos - os nossos e os deles.

Hoje vou escrever um bocadinho sobre filhos. Quem os tem, sabe que a partir do momento em que nascem, as prioridades da nossa vida alteram-se.
É por eles que alteramos os nossos horários, as nossas rotinas, as nossas vivências e convivências... o mundo passa a girar em torno destes seres que mal vêm ao mundo alteram mais a nossa vida do
que qualquer outra coisa que nos possa vir a acontecer..

Os filhos são, pelo menos por aqui achamos isso, o melhor do mundo! Sejam estes filhos biológicos ou filhos do coração, como são os nossos sobrinhos ou os filhos “daquelas” amigas!

Sentimo-nos mais mulheres porque somos mães (uma vez mais biológicas ou de coração); mais bonitas porque temos filhos; babadissimas quando eles brilham na festa de Natal da escolinha ou
quando nos chamam  no meio da multidão com um sorriso e um olhar que nos derrete e nos faz esquecer as noites mal dormidas, os compromissos adiados ou às festas a que não fomos, tudo por eles.
Aqui, defendemos que filhos devem ser criados pelo Pai e pela Mãe, juntos. E, preferencialmente, felizes! Mas também sabemos que isso nem sempre acontece.
E agora, só agora, começa o verdadeiro intuito deste texto: quando a relação com o Pai dos nossos filhos acaba, como reagir quando o amor volta a acontecer? Como explicar aos nossos filhos que
a mãe que, por períodos maiores ou menores, se dedicou a 500% a eles, agora vai dividir o tempo e a atenção com outra pessoa? Por mais que lhes expliquemos que o amor de uma mãe não se divide, mas
se multiplica, que o amor de uma mãe é e sempre será aquilo que eles têm de mais certo na vida, como reagirão os nossos filhos à entrada de outra pessoa nas suas vidas?

E nós próprias, conseguiremos equilibrar as coisas por forma a que as crianças, sintam o menos possível? E as noites que passamos na nossa cama com os nossos filhos, vão acabar? As idas a meio da noite para o nosso quarto porque o escuro ainda mete medo, terão de se acabar? A cumplicidade, os programas de fim de semana, as nossas rotinas.... tudo isto sobreviverá à entrada de outra pessoa nas nossas vidas?!
E os filhos da outra pessoa, como reagirão à nossa presença? À presença dos nossos filhos? São tantas as dúvidas: gostarão da nossa comida ou vão sempre comparar com a que a mãe lhes faz?
Acharão graça aos programas que vamos propor? Ou vão estar sempre de mau humor e a desejar que o fim de semana com a “bruxa” acabe?
Continuo a achar que, tal como em quase tudo na vida, o melhor é encarar as coisas com a maior naturalidade possível, deixar que as coisas aconteçam, desligar o complicómetro e nunca esquecer que um ambiente onde o amor, a amizade, o bom humor e os sorrisos predominam, é sempre um bom ambiente para os filhos crescerem, sejam os nossos ou os dele!

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