
O olhar profundo que parece ler-nos o pensamento. O toque..aquele toque único que provoca arrepios quando se aproxima da nossa pele. As mãos, grandes e suaves, que nos apertam e nos confortam. O abraço forte. Os lábios carnudos que se colam aos nossos como se estivessem sido pintados com açúcar de tão doces que são.
O toque... a pele dele com a nossa, o encosto no peito, os braços a tirar-nos o ar. E aquele momento em que não há resistência possivel... provavelmente, nem vontade de resistir.
Há pessoas que nos sugam a alma, o ar e nos prendem com amarras invisíveis, intocáveis.
Há pessoas que nos deixam estas memórias, só e apenas. E depois há pessoas que nos deixam isto e ainda mais, o cheiro! É impossível confundir. Quando o sentimos, recordamos..fechamos os olhos e conseguimos ver a pessoa e sentir o cheiro a sair-lhe dos poros.
Eu, devo confessar, que tenho em casa uma peça de roupa que ainda tem um resto desse cheiro. Não sai, não desaparece...e cada vez que a uso (por muito que o evite) as recordações voltam, e é como se o cheiro fosse holográfico e conseguisse colocar a pessoa à minha frente...quase, quase como que em carne e osso!
*S.*
*S.*
Sem comentários:
Enviar um comentário